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Reestruturação de dívida: como renegociar prazos e reduzir juros em alta

Você quer saber o que é e como realizar uma reestruturação de dívida? Então, confira tudo isso e muito mais neste artigo!

A reestruturação de dívida pode ser uma alternativa viável para quem está com o orçamento apertado. Quer saber mais sobre o assunto? Então, confira neste artigo do que ela se trata, suas vantagens, quais são as condições que podem ser renegociadas e mais!

Reestruturação de dívida: como renegociar prazos e reduzir juros em alta (Imagem: Jakub Żerdzicki/Unsplash)

O que é e para que serve a reestruturação de dívida

A reestruturação de dívida consiste na renegociação de termos contratuais de empréstimos existentes, com o objetivo de tornar os pagamentos mais acessíveis e compatíveis com a sua realidade financeira atual. 

Em Portugal, essa prática pode envolver tanto créditos pessoais, quanto habitação, sempre com o intuito de restaurar o equilíbrio financeiro e evitar a inadimplência.

Condições que podem ser renegociadas

Com a subida das taxas de juro e o aumento do custo de vida, muitas famílias e empresas em Portugal enfrentam dificuldades para honrar os compromissos financeiros. 

A reestruturação de dívida surge como uma alternativa para aliviar esse peso, permitindo realizar diversos ajustes, como, por exemplo:

  • Taxa de juros: é possível pedir aos bancos a redução do spread, que pode abater algumas décimas na taxa anual, diminuindo a prestação e o custo total do crédito;
  • Prazo de amortização: a extensão do prazo permite reduzir o valor das prestações mensais, embora aumente o montante total pago em juros;
  • Modalidade de reembolso: incluir períodos de carência de capital ou diferimento pode aliviar temporariamente o orçamento, pagando-se apenas juros durante esse intervalo;
  • Consolidação ou transferência de crédito: juntar vários empréstimos num único ou transferir o crédito para outra instituição pode simplificar a gestão e proporcionar taxas mais competitivas.

Dicas para realizar a reestruturação de dívida de forma eficaz

Se você está com dificuldade de pagar uma dívida, neste momento o mais é agir de forma proativa, isto é, não espere entrar em incumprimento para depois resolver o problema.

No entanto, antes mesmo de entrar em contato com o banco, é essencial fazer um mapeamento rigoroso das dívidas existentes, incluindo valores, taxas e prazos. 

Em seguida, identifique prioridades, como dívidas com juros elevados (cartão de crédito e descoberto bancário) e defina metas claras: redução das prestações, prazo mais confortável ou redução de juros. 

Esta análise dá argumentos concretos para negociar e aumenta as hipóteses de sucesso.

O próximo passo é renegociar com o banco. Sendo assim, tente negociar o spread, prazo, modalidade de reembolso e consolidação, conforme o seu caso.

Não se esqueça de pedir tudo por escrito para analisar as novas condições com calma. Afinal, se as condições não estiverem adequadas ao seu orçamento atual, isso poderá complicar ainda mais as suas finanças.

Por fim, use eventuais folgas para criar uma reserva financeira ou amortizar as parcelas restantes.

Vantagens e desvantagens da reestruturação

Como você pode perceber, a reestruturação de dívida é uma ferramenta eficaz para quem enfrenta aumentos bruscos da taxa de esforço decorrentes das taxas de juro elevadas ou da inflação. 

Afinal, ela oferece alívio imediato nas prestações, reduz o stress financeiro e melhora a organização das finanças, evitando consequências graves como penhoras ou execuções.

Apesar disso, ela também tem desvantagens! Primeiramente, vale a pena lembrar que os prazos mais longos significam juros maiores.

Além disso, alguns processos podem incluir comissões ou custos administrativos e há risco de criar a ilusão de liquidez que pode levar a novas dívidas.

Portanto, para que o processo seja realmente eficaz, é essencial que venha acompanhado por disciplina financeira e uma análise cuidadosa. 

Com negociação, estratégia e responsabilidade, é possível aliviar o orçamento e retomar o controle financeiro, evitando que o crédito se torne um peso permanente.

Daniele Freitas
Escrito por

Daniele Freitas