Quais são as previsões da Euribor para o Final do Ano?
Saiba o que esperar da Euribor até o final de 2025, como ela afeta o crédito habitação e dicas para lidar com sua evolução.

A Euribor tem estado no centro das atenções de quem tem crédito habitação em Portugal e noutros países da zona euro. Depois de meses de descidas que trouxeram algum alívio às famílias, muitos se perguntam: afinal, o que esperar da Euribor até ao final de 2025?
Neste artigo, vamos explicar o que é a Euribor e como ela afeta diretamente a sua prestação, analisar as previsões mais recentes para o fim do ano e partilhar estratégias para lidar com a sua evolução.
O que é a Euribor e como influencia o crédito habitação?
A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é a taxa de juro média aplicada em empréstimos entre bancos da zona euro.
Calculada diariamente, serve de referência para vários produtos financeiros, e, sobretudo, para contratos de crédito habitação com taxa variável.
Funciona assim: a sua prestação resulta da Euribor + spread (margem do banco). Se a Euribor sobe, a prestação aumenta; se desce, a prestação fica mais leve.
Em Portugal, as taxas mais comuns usadas nos contratos são de 3, 6 e 12 meses. Ou seja, a cada revisão (semestral ou anual), o valor da Euribor é atualizado e a prestação ajustada em conformidade.
Por isso, qualquer mudança nesta taxa tem impacto direto no orçamento das famílias.
Quais são as previsões da Euribor para o final de 2025?
Depois de atingir valores históricos acima dos 3% em 2023 e 2024, a Euribor entrou numa fase de queda ao longo de 2025. Contudo, os especialistas alertam: o ritmo das descidas está a abrandar.
- Agosto de 2025: a média mensal da Euribor a 12 meses ficou em 2,11%, registando a primeira subida do ano;
- Setembro de 2025: estabilizou em torno de 2,16%, sinalizando que o movimento de descida pode estar a chegar ao fim.
O que dizem os analistas?
- O Banco de Portugal e entidades financeiras como o Bankinter estimam que a Euribor termine 2025 próxima dos 2%;
- O Santander lembra que a descida no primeiro semestre foi significativa (de 2,53% em janeiro para 2,08% em junho), mas agora tende a ser mais lenta;
- A Reuters aponta que o Banco Central Europeu deverá manter as taxas diretoras estáveis até, pelo menos, março de 2026, adiando cortes mais profundos.
Ou seja, não se espera que a Euribor volte a cair tanto como em meses anteriores. O mais provável é que feche o ano entre 2% e 2,1%, numa fase de relativa estabilização.
Como lidar com a evolução da Euribor?
Saber que a Euribor pode estabilizar ajuda a preparar-se para os próximos meses. Para isso, você precisa acompanhar algumas estratégicas importantes que vão ajudar. A seguir, é possível verificar cada uma delas!
1. Reavaliar o orçamento
Se tem crédito à habitação com taxa variável, use simuladores online para prever como ficará a sua prestação no fim do ano. Assim, evita surpresas desagradáveis.
2. Considerar a taxa fixa
Optar por uma taxa fixa pode ser uma boa ideia para quem quer previsibilidade. A prestação inicial tende a ser mais alta, mas garante estabilidade, mesmo que a Euribor volte a subir.
3. Renegociar com o banco
Vale a pena falar com a sua instituição financeira. Muitas vezes, é possível rever spreads ou conseguir condições mais ajustadas ao seu perfil, especialmente em momentos de transição no mercado.
4. Criar uma reserva financeira
Ter uma poupança de emergência ajuda a lidar com eventuais aumentos futuros. Pequenos ajustes hoje podem trazer segurança no médio prazo.
Qual o impacto no mercado imobiliário?
Com a Euribor mais baixa do que em 2024, o acesso ao crédito está mais favorável. Isso tem estimulado a procura por imóveis, tanto em Portugal como noutros países europeus.
No entanto, se a estabilização se confirmar, a expectativa é de um mercado menos volátil, mas ainda competitivo.
Conclusão
A Euribor trouxe algum alívio às famílias em 2025, mas as quedas expressivas parecem ter ficado para trás. As previsões indicam que a taxa deve terminar o ano em torno dos 2%, sem grandes descidas adicionais.
Para quem tem crédito habitação, o recado é claro: este é o momento de planear, rever condições com o banco e preparar-se para um período de estabilidade. Afinal, gerir bem o impacto da Euribor é garantir mais tranquilidade financeira para o futuro.